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Trazendo a Engenharia Diagnóstica para perto de você 

 

Ainda escutamos algumas pessoas dizendo: 

 

-Você é engenheiro! Você faz o desenho da minha casa?

 

       Esta situação retrata uma falta de esclarecimento do que seja a engenharia civil e como ela contribui para o desenvolvimento da sociedade. Essa falta de clareza é responsabilidade nossa, dos próprios engenheiros, pois imaginamos que as pessoas sabem distinguir as atividades e a complexidade de nossas atividades, sem mencionarmos outros ramos da engenharia: a mecânica, a agronômica, a elétrica, a eletrônica, de comunicações e a mecatrônica. Vamos focar apenas o ramo da engenharia civil que já é bastante amplo. 

 

         Em nossa nota sobre  Conceitos no Contexto da Engenharia Diagnóstica, definimos o que é patologia,  um termo associado ao vocabulário médico e de vasto conhecimento de todos. Entretanto, a engenharia civil utiliza este e outros termos e protocolos semelhantes aos de uso na medicina, para a análise e intervenções  na manutenção,  na conservação, e na qualidade das construções.

 

       Da mesma forma que a medicina, a engenharia promove, quando imprescindível, exames laboratoriais nos materiais, ensaios com extração de amostras, recomenda prescrições adequadas a cada circunstância, e também define contra-indicações na aplicação de produtos.

 

       Assim como não existe remédio único, milagroso, “milagreiro” ou “coringa” para todas as doenças, também na engenharia não existe material ou processo que se aplique a todas as situações. 

 

       Nosso pouco hábito em ler as bulas e rótulos nas embalagens dos medicamentos,  associado à falta de clareza, muitas vezes intencional de alguns fabricantes, nos levam a consumir produtos inadequados. Aí fica simples dar ouvidos ao que for mais fácil e ouve-se muito : “O meu pedreiro disse...”.

 

       Sem desmerecer o conhecimento e a habilidade de outras profissões, questionamos: 

 

       Quando estamos doentes, consultamos um médico ou o balconista da farmácia?

 

    Quando nossos óculos estão inadequados, vamos ao oftalmologista que vai nos examinar e receitar, ou vamos direto ao atendente da ótica de nossa preferência?

 

      Consultamos um especialista ou ligamos para o corretor que nos vendeu o plano de saúde?

 

     Sob esta ótica, muitas situações inesperadas surgem nas edificações, e ao submetê-las a investigação profissional, chegamos a conclusões por meio de técnicas de análise, atribuindo causas diversas às inesperadas patologias nas edificações. 

 

       Na engenharia existe como na medicina os generalistas e os especialistas. 

 

      Como dizia um professor meu: “o generalista é o que sabe alguma coisa sobre tudo. O especialista é aquele  que sabe tudo sobre alguma coisa“.

 

 

 

Eng. Fábio Mascarenhas                                                                                               CREA-19.041/D-DF

 

 

*Autorizada a reprodução desde que citados o autor e a fonte.

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